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Atualmente existem várias classes de medicamentos para tratar o diabetes tipo 2. No entanto, cada tipo de comprimido age de forma diferente no organismo e pode apresentar variados efeitos colaterais, precauções e outras advertências. Alguns deles, inclusive, têm sido associados ao aumento do risco de doenças do coração. Por isso, antes de iniciar qualquer tratamento é importante conversar com o médico.
Os antidiabéticos disponíveis no Brasil são:
Medicamentos que promovem o aumento da secreção de insulina pelas células beta do pâncreas.
Essa classe de medicamentos tem duas funções:
No entanto, para que o comprimido exerça sua função, o pâncreas do paciente precisa produzir alguma insulina. A mais antiga das sulfoniluréias comercializadas no Brasil é a clorpropamida que atualmente está em desuso devido ao surgimento de novas substâncias, como glimepirida, glibenclamida e glipizida.
Dependendo da necessidade do paciente, o medicamento pode ser administrado uma vez ao dia, normalmente antes do café da manhã, ou duas vezes ao dia, antes do almoço e do jantar. Em relação aos efeitos colaterais, os mais comuns são: hipoglicemia, dor de estômago, coceira e ganho de peso.
Essa classe de medicamentos inclui a repaglinida e nateglinida, e tem como função ajudar o pâncreas a produzir mais insulina após as refeições, diminuindo a glicemia no sangue.
A repaglinida tem um início rápido de ação e curta duração. Ela diminui a glicemia no sangue em cerca de uma hora após ingerida e é eliminada da corrente sanguínea em três a quatro horas. Devido a esta ação rápida, é possível variar os horários e a quantidade de vezes que o paciente se alimenta. A recomendação é tomar a medicação 30 minutos antes das refeições e suspendê-la caso o paciente pule uma refeição. Entre os principais efeitos colaterais estão hipoglicemia e ganho de peso.
Essa classe de medicamentos, tal como a sitagliptina atua melhorando a ação das incretinas, hormônios que agem de modo fisiológico para manter os níveis glicêmicos controlados. Em relação aos medicamentos disponíveis no mercado, há dois principais diferenciais:
Além de usada isoladamente, a sitagliptina também pode ser combinada com outros medicamentos, como metformina, sulfoniluréia e tiazolidinediona. Vale destacar que associada à sulfoniluréia, há maior risco de ocorrer uma queda brusca de açúcar no sangue (hipoglicemia). Para evitar o quadro, o médico pode prescrever doses baixas de sulfonilureia.
É uma classe nova de medicamentos, conhecidos como exenatida e liragluita. Esses medicamentos ligam-se a um receptor do pâncreas, chamado GLP-1. O efeito "incretina" ocorre porque o GLP-1 estimula a secreção de insulina, além disso, o GLP-1 inibe a secreção do glucagon (hormônio que eleva a glicemia) e lentifica o esvaziamento gástrico, aumentando a sensação de saciedade. Estas ações são glicose-dependentes (precisam da ingestão de glicose para acontecerem) e apenas observadas em condições de hiperglicemia.
Os efeitos fisiológicos do GLP-1 contribuem de modo importante para o controle da glicemia tanto no período pós-prandial quanto em jejum e estão diminuídos nos portadores de diabetes do tipo 2 (DM2).
São medicamentos que diminuem a resistências das células à insulina, aumentando o metabolismo da glicose.
Mais conhecida como metformina, essa classe de medicamentos age independentemente da produção de insulina do paciente. Ao contrário das sulfoniluréias, a metformina não estimula a secreção de insulina, logo não causa hipoglicemia, exceto quando associada a outros medicamentos. Além de facilitar a ação da insulina no organismo, a droga também ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides.
O medicamento pode ser administrado de duas a três vezes por dia, junto com as refeições, ou em dose única. De qualquer forma, é importante avaliar a posologia com o médico. Os principais efeitos colaterais são náusea, diarréia, dor de estômago, fraqueza, dificuldade para respirar ou gosto metálico na boca. Diabéticos com problemas renais e os que ingerem bebidas alcoólicas mais de duas vezes por semana não devem tomar metformina. Em caso do paciente se submeter a algum tipo de cirurgia ou exame médico envolvendo contraste, é fundamental consultar o médico. Em alguns casos, a metformina deve ser suspendida por certo período.
Conhecida como pioglitazona, essa classe de medicamentos tem como função reduzir a resistência à insulina facilitando o transporte da glicose do sangue para dentro das células. A pioglitazona geralmente é consumida uma vez ao dia e, se for ingerida como a única pílula para diabetes, não causa uma queda muito grande de glicose no sangue.
Entre os possíveis efeitos colaterais estão ganho de peso, anemia e inchaço nas pernas e tornozelos. Além disso, é importante:
Essa clase de medicamentos retarda a absorção de carboidratos, diminuindo os níveis de glicose sanguínea pós prandial, em paciente com diabetes tipo 2.
Conhecidos pelo nome de acarbose, essa classe de medicamentos bloqueia as enzimas que digerem os amidos provenientes dos alimentos. Assim, o medicamento diminui a velocidade de absorção da glicose que vem dos alimentos, principalmente logo após as refeições. Se administrados como únicas drogas para tratar o diabetes, não provocam hipoglicemia.
O medicamento pode ser ingerido antes das refeições, de acordo com a orientação médica. Entre os efeitos colaterias destacam-se problemas de estômago (gases, distensão abdominal e diarréia). No entanto, os incômodos geralmente desaparecem após um período usando a medicação.
A glibenclamida e a metformina podem ser encontradas em uma única pílula e devem ser administradas de uma a duas vezes ao dia, junto às refeições. Esta combinação pode causar uma queda grande da glicose no sangue, muitas vezes, não sendo recomendada para pacientes que apresentam problemas renais ou consomem bebidas alcoólicas. Em caso de exames médicos com o uso de contraste ou cirurgia, a orientação médica é não tomar o medicamento por certo período.
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