Contagem de Carboidratos

A contagem de carboidratos é um método que ajuda o portador de diabetes a ter mais flexibilidade alimentar, pois fornece noções básicas sobre os alimentos e a interferência que os mesmos causam nos níveis de glicose no sangue. O principal objetivo do método é minimizar as variações glicêmicas pós-prandiais.

De todos os nutrientes consumidos, os carboidratos são os que exercem maior influência na glicemia. Para se ter ideia, de 90% a 100% dos carboidratos ingeridos se transformam rapidamente em glicose e vão para a corrente sanguínea.

Muitos estudos mostram que não importa o tipo de carboidrato, todos os alimentos que os contenham afetam o controle glicêmico da mesma forma. Por isso a importância de saber a quantidade de carboidratos consumida durante a refeição ou o lanche.1 

Os carboidratos são encontrados nos seguintes alimentos:

  • Frutas, sucos de frutas ou qualquer alimento que os contenha como ingredientes
  • Leite e derivados, sorvete e iogurte
  • Pães, cereais, biscoitos, grãos, massas e arroz
  • Vegetais com amido (milho, batata, ervilha ou feijão)
  • Doces
  • Refrigerantes com açúcar 
  • Cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas

Na prática, o método de contagem de carboidratos permite que o paciente escolha a opção que mais lhe agrada. Se, por exemplo, a recomendação do nutricionista é consumir 30 gramas de carboidratos em determinada refeição, o indivíduo pode escolher um sanduíche ou 1 xícara de sorvete de creme, já que ambos fornecem a mesma quantidade do nutriente e vão impactar na glicemia da mesma forma. A escolha pode ir de acordo com a preferência do diabético, desde que os conceitos de equilíbrio alimentar sejam sempre prioridade.

Aprenda a contar carboidratos

Os carboidratos podem ser calculados em gramas ou porções. O grama (g) é uma unidade de medida usada para os alimentos e uma porção equivale a 15 gramas de carboidratos. Embora qualquer um dos métodos possa ser usado, é fundamental saber identificar o tamanho das porções.

Para facilitar o entendimento, é válido conferir alguns exemplos de porções que contêm 15 gramas de carboidratos:

  • ½ xícara de suco de laranja
  • ¾ de xícara de cereais
  • 1 xícara de salada de repolho

Para saber a quantidade de carboidratos consumida em uma refeição, basta somar os gramas de carboidratos dos alimentos. As informações normalmente são encontradas nos rótulos alimentícios e o plano alimentar proposto pelo nutricionista vai indicar as quantidades específicas que devem ser consumidos em cada refeição. Com o tempo, o paciente vai se familiarizar com o tamanho das porções e a quantidade de carboidratos presente nelas.

Se, por exemplo, no café da manhã o paciente deve consumir 75 gramas de carboidratos, há duas sugestões de refeição que equivalem a este valor em gramas:

 

1ª opção:

  • 2 fatias de pão integral 24 g
  • 2 colheres (sopa) de geleia de uva 26 g
  • 1 xícara de suco de laranja 25 g
  • Café preto com adoçante 0 g

Total: 75 g

2ª opção:

  • 1 e 1/3 de xícara de cereal 25 g
  • 1 xícara de leite desnatado 12 g
  • 1 banana média 27 g
  • ½ xícara de suco de laranja 12 g

Total: 76 g

 

É importante lembrar que nem sempre os alimentos sem açúcar são isentos de carboidratos. Pelo contrário, muitas vezes eles apresentam grande quantidade do nutriente. Uma torta de maçã diet, por exemplo, apresenta os carboidratos da massa e da fruta. Assim como o sorvete diet que conta com os carboidratos do leite.


Nota Importante: O conteúdo deste site não se destina a ser um substituto para aconselhamento médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Não desconsidere o conselho do seu médico ou demora na procura por causa de algo que você leu neste website.
Nosso conteúdo serve para seu conhecimento e informação. Em caso de dúvida, procure sempre um médico para orientação quanto ao melhor tratamento e conduta.

References
  1. American Diabetes Association Clinical Practice Recommendations 2002, Evidence-Based Nutrition Principles and Recommendations for the Treatment and Prevention of Diabetes and Related Complications, Diabetes Care, January 2002, Supplement 1, vol.25, p S50.
Go to top