Complicações na gravidez

Portadoras de diabetes podem ter uma gravidez bem sucedida e dar à luz um bebê saudável, assim como mulheres que não têm a doença. Planejar a gestação é o caminho mais apropriado para que os nove meses sejam tranquilos. A hemoglobina glicada (HbA1c) deve estar dentro da faixa apropriada (abaixo de 6%) ao longo dos meses que antecedem a concepção do bebê. 

Riscos para o bebê

Durante a gestação, é fundamental que a glicose sanguínea seja rigorosamente controlada. Episódios de hiperglicemia podem aumentar o risco de aborto ou afetar o desenvolvimento do feto, sobretudo, no primeiro trimestre de gravidez. Entre os males que o bebê pode desenvolver neste período, estão problemas respiratórios ao nascer ou deformidades na coluna vertebral, ossos, rins, coração e sistema circulatório.

A partir do quarto mês de gestação, os riscos do descontrole glicêmico giram em torno da macrossomia, que caracteriza o nascimento de bebês muito grandes (acima de 4 kg). Cerca de um terço dos filhos de mães diabéticas apresentam tamanho maior do que a normalidade. Estudos mostram que a macrossomia é fator de risco para obesidade e diabetes tipo 2 na vida adulta.

Riscos para a mãe

Ao longo dos nove meses de gestação, a portadora de diabetes deve ficar atenta a três riscos que rondam sua saúde:

  • Complicações na visão e nos rins: problemas de visão podem piorar durante a gravidez. Além disso, algumas mulheres apresentam hipertensão a partir do terceiro trimestre, acarretando danos aos rins. Manter o índice glicêmico sob rigoroso controle, antes e durante a gestação, ajuda a prevenir tais complicações.
  • Problemas no parto: cesáreas costumam ser recomendadas a gestantes diabéticas, já que os bebês são maiores. 
  • Hipoglicemia: embora episódios de queda de açúcar no sangue não prejudiquem o desenvolvimento do bebê, podem trazer consequências à saúde da mãe. Vale atentar a sintomas como sudorese, dor de cabeça e tremor, e ingerir uma fonte de carboidrato rápido para reverter o quadro.

Dicas para uma gravidez tranquila

1. Planejamento: é fundamental manter um bom controle glicêmico não apenas durante a gestação como também nos meses que antecedem a concepção. Antes de tentar engravidar, portanto, a portadora de diabetes precisa cumprir previamente as metas de hemoglobina glicada (abaixo de 6%), acompanhada pelo médico. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os níveis apropriados da glicose sanguínea são: 

  • Pré-prandial, ao deitar-se e entre 2 e 4 horas da manhã: entre 65 mg/dl e 95 mg/dl
  • Uma hora após as refeições: entre 100 e 140 mg/dl
  • Em gestantes que apresentam maior risco de desenvolver hipoglicemia, estes alvos devem ser aumentados para um valor de glicemia de jejum de até 99 mg/dl
  • A glicemia pós-prandial de uma hora após o início das refeições, é a que melhor reflete os valores dos picos pós-prandiais, avalidos pelo monitoramento contínuo de glicose. 

2. Regularidade ao consultório: o período requer atenção especial, por isso, a gestante com diabetes tem de frequentar seu especialista regularmente. Para conquistar o bom controle glicêmico, os testes de glicemia, também conhecidos como ponta de dedo, precisam ser realizados ao menos três vezes por dia. Os atuais insumos, como lancetas e agulhas mais finas e curtas, facilitam os testes e as aplicações de insulina. 

3. Exames periódicos: a realização de ultrassons precisa ser feita em intervalos menores quando as gestantes têm diabetes. O check-up ajuda a garantir uma gravidez saudável.


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